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domingo, 26 de abril de 2015

A Raiva


“A raiva é uma emoção de emergência. Está entre nós há muitas gerações. Teve a sua importância em épocas primordiais (pré-história) para garantir a sobrevivência da espécie humana.

Sentimos raiva quando alguém contraria as nossas necessidades e desejos, surge do nosso instinto de sobrevivência. É difícil não activá-la quando somos atacados. A ambição e o medo são sementes da raiva e esta, por sua vez, é a semente do ódio.

A raiva é uma emoção totalmente desnecessária ao processo de evolução da nossa consciência. Só serve para limitar a consciência e a percepção. É um estado de espírito negativo que produz formas de pensamento doentias. Uma pessoa enraivecida está cheia de um poderoso veneno criado por ela mesma. Se não encontrar onde derramá-lo, irá fazê-lo dentro de si mesma. Aquele que aplica um castigo por estar com raiva não corrige, vinga-se.

As emanações de amor saem do nosso corpo como nuvens coloridas e alegres; as de raiva, como raios negros que atingem tudo, contaminando os ambientes e qualquer um que entre no recinto ou coma algum alimento ali contaminado. Esteja consciente destas interacções: a raiva contagia. Não devemos alimentar-nos nessas ocasiões. Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com raiva. Ninguém pode ser feliz quando tomado pela raiva. Quanto mais raiva, menos felicidade e paz. 

A raiva gera infelicidade e é capaz de levar a aflições físicas e emocionas.

Conta uma velha lenda budista que um menino tinha mau génio. O seu pai, um velho sábio, deu-lhe um sacode pregos e disse-lhe que, cada vez que perdesse a paciência, deveria pregar um prego atrás da porta. 

No primeiro dia, o menino pregou 37 pregos. À medida que aprendia a controlar o seu génio, pregava cada vez menos. 

Com o tempo, descobriu que era mais fácil controlar o seu génio do que pregar pregos atrás da porta. Chegou o dia em que pôde controlar o seu carácter durante todo o dia. 

Depois de informar o seu pai, este sugeriu-lhe que retirasse um prego a cada dia que conseguisse controlar o seu carácter. 

Os dias passaram, e o jovem pôde finalmente anunciar ao seu pai que não havia mais pregos atrás da porta. O seu sábio pai pegou-o pela mão, levou-o até à porta e disse: 

Meu filho, noto que tens trabalhado muito, mas vê todos estes buracos na porta. Nunca mais será a mesma. Cada vez que perdes a paciência e sentes raiva, deixas cicatrizes exactamente como as que vês aqui. Tu podes insultar alguém e retirar o insulto, mas, dependendo da maneira como falas, poderás ser devastador e a cicatriz ficará para sempre. Uma ofensa verbal pode ser tão daninha quando uma ofensa física”.


A raiva é uma fonte de destruição que se acumula nas nossas células. No momento em que estivermos com raiva o ideal é sair e dar uma volta, a fim de eliminar essas energias. É melhor ficarmos em silêncio e em segurança. O silêncio nunca nos trai".

In Manual Terapeuta Profissional – Johnny De’ Carli

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